17 de abril de 2009

Crônica de um final feliz (Sheila).

26 de Janeiro de 2009.


Hoje vou reproduzir aqui u m texto de um a amiga virtual, se ela assim me permite chamá-la, é de autoria da Sheila, do blog Rasgando o verbo nas entrelinhas
Resolvi reproduzir ele aqui, com autorização da autora é claro, porque gostei muito do texto e também do filme que é citado nele, Cidades do Anjos, e por assim como a Scheila não corcordar com o final trágico da protagonista.
Mas, não foi só por esses motivos que resolvi postar ele aqui no meu espaço. Resolvi postar aqui por que como já disse, gosto de postar algo que nos traga uma mensagem especial, um toque, um momento de reflexão ou até mesmo tirar de alguma forma proveito pra si a mensagem que eles trazem e esse texto faz exatamente isso, pelo menos assim eu o fiz, tirei proveito em especial dá mensagem final do texto.
Ao final do texto deixo em negrito a parte que mais tirei poveito pra mim deste belíssimo texto e das sábias palavras da Sheila.
Então, segue o texto...


Crônica de um final feliz.

Hoje ao ler uma matéria sobre a vida de uma garota de 14 anos, pude finalmente encontrar subsídios para defender a minha então "tese" de um final feliz.
Na primeira vez que assisti o filme Cidade dos Anjos, somente não chorei mais no cinema para não passar vergonha.
Quando assisti novamente, desta vez em casa e longe dos olhares dos cinéfilos, pude deixar fluir todo o meu estoque de lágrimas, chegando facilmente aos soluços copiosos. Me lembro perfeitamente de ter ficado indignada com o final do filme. Ora, eu queria um final feliz, nada mais justo, com direito a casamento, juras de amor e um casal de filhinhos (parecidos com o Nicolas, claro). Todas as pessoas que então cruzaram meu caminho, e com as quais compartilhei minha indignação, basicamente me responderam de forma uníssona, que não podia haver outro final, senão seria muita água com açúcar, ou seja, o filme seria fantasioso demais (como se um anjo com a cara... o corpo.... e tudo mais do Nicolas Cage se jogando de um prédio e aparecendo todo carente pedindo cuidados fosse uma cena muito comum..... ora, o meu anjo da guarda, do jeito que dou trabalho, não pularia nem de um tijolo por mim :-) - (brincadeirinha viu Ariel meu amigo).
Pois bem, hoje li na revista Seleções, a história de Megan, uma jovem de 14 anos, ativa, simpática, com um rosto angelical e um dom magnífico: ela era um super cupido. Quando colocava os olhos em duas pessoas, ela via algo mais, e no final, as pessoas, antes estranhas, se tornavam amores eternos. Os amigos e parentes afirmaram que Megan nunca errava; e principalmente, seu lema era: nunca desistir!!! Pois bem, encurtando drasticamente a matéria, Megan estava esquiando com amigos, quando ao parar na subida de uma montanha, começou a deslizar para trás, e ante a pergunta entre gargalhadas "que eu faço pessoal", acabou caindo de um desfiladeiro e desencarnando. Os pais resolveram doar os órgãos de Megan. Um dos órgãos foi para Brian; o outro para Susan. Dois desconhecidos até então, de cidades distantes, com um único ponto em comum: ambos estavam a beira da morte e foram salvos por um pedacinho de Megan. Os dois voltaram a se encontrar num congresso sobre doações de órgãos. De lá passaram a ser amigos; hoje são noivos, com casamento marcado e distribuindo felicidade. E os pais de Megan, ao verem ambos pela primeira vez juntos, entre lágrimas juraram que sentiram a presença da filha, com seu sorriso singelo a dizer: "Viu mãe! Eu sabia! É só não desistir!". Se esta história fosse um filme, a maioria das pessoas a achariam água com açúcar. Fantasiosa demais. Mas esta é uma história verídica, como tantas outras que nos passam despercebidas.
Se eu dirigisse o filme Cidade dos Anjos, ambos morreriam velhinhos, abraçadinhos, trocando juras eternas de amor, naquela mesma praia em que os anjos se encontravam para ouvir o pôr do sol. O coração de seus corpos simplesmente parariam de pulsar. Mas o coração de suas almas, pulsariam eternamente.
Podem me chamar de sonhadora. Mas eu prefiro acreditar. Quando era criança, acreditei em Papai Noel e coelhinho da Páscoa. E com certeza fui muito feliz. Hoje, um pouco "maiorzinha", acredito em anjos, duendes e finais felizes.
E na próxima vez que assistir ao filme Cidade dos Anjos, vou parar a fita na cena em que ambos estão juntos, abraçados, curtindo aquela paisagem bucólica, sentindo a presença um do outro, comungando com Deus e a natureza, entrelaçados de corpo e alma. Porque eu acredito que isto possa acontecer.
Pessimistas de plantão me desculpem. Afinal, a probabilidade de um final feliz é tão grande quanto o fato de a Meg Ryan morrer ao bater de "bicicleta" numa "Scania" no "meio do nada". Me poupem. Se isto é aceitável, por que os dois serem felizes é utopia? Por que será que o ser humano tende sempre a acreditar com mais facilidade na pior hipótese? Talvez por medo de sofrer, pois afinal se você sempre esperar o pior, o que vier é lucro. Pois eu lhes digo de carteirinha: quem espera sempre o pior, quando o melhor acontece, não sabe nem o que fazer! E deixa, então, a alegria escapar pelos dedos....
Autor(a): Sheila
Blog: Rasgando o verbo nas entrelinhas

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