19 de agosto de 2009

Atalhos...




Atalhos





Quanto tempo à gente perde na vida?
Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros.
Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer.

Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor...

E já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão.
Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto.
E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado.

Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas desnecessárias.

Que esbanjamento. Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do gol. Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso.

Tudo o que a gente quer, depois de certa idade, é ir direto ao assunto.

Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, para todo o resto é melhor atalhar. E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.

Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentadas, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.

Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela. O seu amor está enrolando muito? Beije-o primeiro.A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.

Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.
Pra enrolação... ATALHO!!!

14 de agosto de 2009

A Martha tem o dom...


"Não tenho nada a ver com explosões”, diz um verso de Sylvia Plath. Eu li como se tivesse sido escrito por mim.
Também não faço muito barulho, ainda que seja no silêncio que nos arrebentamos.
Tampouco tenho a ver com o espaço sideral, com galáxias ou mesmo com estrelas. Preciso estar firmemente pousado sobre algo — ou alguém.
Abraços me seguram. E eu me agarro.
Tenho medo da falta de gravidade: solto demais me perco, não vôo senão em sonhos.
Não tenho nada a ver com o mato, com o meio da selva, com raízes que brotam do chão e me fazem tropeçar, cair com o rosto sobre folhas e gravetos feito um fugitivo dos contos de fada, a calça rasgando pelo caminho, a sensação de ser perseguido.
Não tenho nada a ver com cipós, troncos, ruídos que não sei de onde vêm e o que me dizem.
Não me sinto à vontade onde o sol tem dificuldade de entrar. Prefiro praia, campo aberto, horizonte, espaço pra correr em linha reta. Ou para permanecer sem susto.
Não tenho nada a ver com boate, com o som alto impedindo a voz, com a sensualidade comprada em shopping, com o ajuntamento que é pura distância, as horas mortas desgastando o rosto, a falsa alegria dos ausentes de si mesmos.
Não tenho nada a ver com o que é dos outros, sejam roupas, gostos, opiniões ou irmãos, não me escalo para histórias que não são minhas, não me envolvo com o que não me envolve, não tomo emprestado nem me empresto.
Se é caso sério eu me dôo, se é bobagem eu me abstenho, tenho vida própria e suficiente pra lidar, sobra pouco de mim para intromissões no que me é ainda mais estranho do que eu mesmo.
Não tenho nada a ver com cenas de comerciais de TV, sou um filme sueco, uma comédia britânica, um erro de adaptação, um personagem que esquece a fala, nada possuo de floral ou carnaval, não aprendi a ser festivo, sou apenas fácil.
Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impuro, me gosto com pecados, e há muito me perdoei.
Não tenho nada a ver com galáxia, mato, boate, a vida dos outros, os comerciais de TV. Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei.
Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.
Minto, tenho tudo a ver com explosões.

Martha Medeiros

11 de agosto de 2009

Ser ou ter...

Olá... Tudo bem???
Volto com mais uma mensagem para a nossa reflexão diária... Aliás, tudo que publico por aqui é para nossa reflexão, são mensagens que tem o intuito de fazer a gente repensar os nossos atos, refletir, colocar as idéias no lugar... E cada umas das mensagens que são publicadas aqui são escolhidas a dedo sendo assim espero sempre que eu consiga com elas fazerem vocês, meus amigos e visitantes, refletirem sobre tudo que leem por aqui.
E hoje eu deixo a seguinte pergunta pra vocês responderem após a leitura da reflexão: O que vale mais a pena na vida SER OU TER???




Nossa correria diária não nos deixa parar para perceber se o que temos já não é o suficiente para nossa vida.


Nos preocupamos muito em TER: ter isso, ter aquilo, comprar isso, comprar aquilo.


Os anos vão passando, quando nos damos conta, esquecemos do mais importante que é VIVER e SER FELIZ!


Muitas vezes para ser Feliz não é preciso TER, o mais importante na vida é SER.


As pessoas precisam parar de correr atrás do Ter e começar a correr atrás do SER:


Ser Amigo, Ser Amado, Ser Gente, Ser Exemplo.


Tenho certeza de que, quando SOMOS, ficamos muito mais Felizes do que quando Temos.


O SER leva uma vida para se conseguir e o Ter muitas vezes conseguimos logo.


O SER não se acaba nem se perde com o tempo, mas o Ter pode terminar logo.


O SER é eterno, o Ter é passageiro. Mesmo que dure por muito tempo, pode não trazer a Felicidade... E é aí que vem o vazio na vida das pessoas...


Por isso, tente sempre SER e não Ter.


Assim você sentirá uma Felicidade sem preço!


Espero que você deixe de cobrar o que fez e o que não fez nos últimos anos e que você tente o mais importante:


SER FELIZ hoje e sempre!!!!!





Ótima semana para todos... E pratiquem mais o SER que existe dentro de cada um de nós.